WatchGuard antecipa as principais tendências de cibersegurança para 2026

Tecnologia

A empresa de cibersegurança WatchGuard Technologies, em relatório, revelou as principais previsões para a segurança digital em 2026. As análises foram feitas por Marc Laliberte, Director of Security Operations, e Corey Nachreiner, CISO da companhia.

Os principais aspectos envolvidos com o tema são a inteligência artificial e seu uso cada vez mais intensivo, as regulamentações crescentes envolvendo a segurança virtual e as mudanças na cadeia de suprimentos de software, acelerando as políticas das empresas na proteção de seus dados.

Fim de algumas ameaças, início de outras

Segundo a WatchGuard, os crypto-ransomwares deverão seguir rumo à extinção: mecanismos corporativos de backup e recuperação estão defasando esse tipo de malware, já que poucos tendem a pagar resgates, o que é, economicamente, uma enorme desvantagem aos hackers. É provável que as estratégias evoluam para roubo de dados e chantagem por exposição pública.


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O ransomware deverá apresentar queda a partir de agora, segundo a WatchGuard, já que poucas empresas pagam resgate, tornando a iniciativa inviável aos hackers (Imagem: Divulgação/Unit 42)
O ransomware deverá apresentar queda a partir de agora, segundo a WatchGuard, já que poucas empresas pagam resgate, tornando a iniciativa inviável aos hackers (Imagem: Divulgação/Unit 42)

O aumento de ataques a repositórios como NPM e PyPI, no entanto, deverá colocar o ecossistema open source em uma posição crítica. Acredita-se que a resposta virá na forma de defesas automatizadas baseadas em IA, uma espécie de centro de operação de segurança embarcada no próprio repositório.

Com a chegada do Cyber Resilience Act (tratado sobre ameaças digitais da Europa), em setembro de 2026, empresas que atuam na União Europeia terão apenas 24 horas para reportar a exploração de vulnerabilidades, o que deverá se converter em um incentivo inédito para a adoção de práticas de segurança para as companhias.

Especula-se, no entanto, que a coexistência de regulamentações globais vá aumentar a complexidade dessa conformidade.

Inteligência artificial e segurança

De acordo com os especialistas, é provável que, no ano que vem, vejamos o primeiro ataque completamente executado por ferramentas de IA com autonomia completa, sem interferência humana. Isso deverá servir de alerta acerca do ritmo de evolução da tecnologia e mostrará a necessidade de criar defesas tão automatizadas quanto.

Os malwares deverão ficar cada vez mais automatizados, chegando a fazer todo o ataque com IA, sem humanos envolvidos: as defesas também terão de passar por automatização (Imagem: ESET/Divulgação)
Os malwares deverão ficar cada vez mais automatizados, chegando a fazer todo o ataque com IA, sem humanos envolvidos: as defesas também terão de passar por automatização (Imagem: ESET/Divulgação)

Falhas de configuração, ausência de autenticação por múltiplos fatores e ataques a portas de VPN deverão continuar sendo portas de violação significativas: acredita-se que até ⅓ dos incidentes do próximo ano estejam relacionados a acesso remoto. Pequenas e médias empresas, então, deverão adotar medidas Zero Trust para reduzir a chance de ataques.

Por fim, a WatchGuard prevê que a proteção corporativa dependerá cada vez mais de plataformas unificadas de segurança, defesas automatizadas por IA e proteção de endpoints, redes e identidades em um único ecossistema. A segurança terá de ser simplificada, centralizada e capaz de responder em tempo real.

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