A Xiaomi e Honor registraram vendas surpreendentes no mercado de smartphones da América Latina durante o segundo trimestre de 2025. Conforme dados da Canalys, a Xiaomi manteve a segunda posição com crescimento de 8% e remessas recordes de 6,7 milhões de unidades.
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Já a Honor disparou 70% e atingiu máxima histórica de 2,9 milhões de aparelhos comercializados na região.
O mercado latino-americano de smartphones cresceu 2% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 34,3 milhões de unidades. A expansão marca o retorno ao crescimento após uma queda no primeiro trimestre causada por correção de estoques.
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Samsung continuou dominando a região, crescendo 8% para 11,0 milhões de unidades. Segundo a Canalys, os modelos Galaxy A06 e A16 representaram mais de 60% dos embarques da sul-coreana, demonstrando a importância de preços acessíveis para ganhar escala.
Xiaomi consolida segunda posição e Honor dispara
A fabricante chinesa alcançou números recordes impulsionada principalmente pelas versões 4G dos modelos Redmi A5 e 14C. O crescimento foi especialmente forte na Argentina, Colômbia e América Central, regiões que se tornaram pilares da estratégia regional da marca.

Por outro lado, a Honor foi o grande destaque do trimestre, com crescimento significativo de 70%. O desempenho foi impulsionado pelos modelos da série X, além das versões “Lite” do Magic7 e da linha 400.
A América Central se tornou a base principal da Honor, superando o México como seu maior mercado na região durante os dois primeiros trimestres de 2025.
Em contraste, a Motorola ocupou o terceiro lugar, mas registrou queda de 10% para 5,1 milhões de unidades. A Transsion completou o top 5 com declínio de 23% para 2,4 milhões de aparelhos.
Cenário regional diverso
Apesar do crescimento geral, os mercados regionais apresentaram desempenhos distintos. O Brasil, maior mercado da região, recuou 3%, possivelmente devido à saturação da demanda após anos de forte competição.
O México também enfrentou dificuldades, com queda de 10% causada pela demanda fraca que afetou todos os principais fornecedores.
Enquanto a América Central, a Colômbia e a Argentina impulsionaram o crescimento com taxas de dois dígitos. Os dois últimos mostraram forte recuperação após quase dois anos de ajustes socioeconômicos e políticos.

Segmento de entrada lidera expansão
O crescimento no segundo trimestre foi amplamente impulsionado pelo segmento de entrada, mas analistas alertam para os riscos de dependência excessiva dessa faixa de preço.
“A incerteza macroeconômica persiste em meio ao temor de tarifas dos EUA, e o segmento de demanda de entrada pode rapidamente se tornar frágil”, destacou Miguel Pérez, analista sênior da Canalys.
De acordo com o especialista, a competitividade de longo prazo dependerá de modelos operacionais diversificados, oferecendo produtos nas faixas média e alta, além de um ecossistema mais amplo de dispositivos conectados.
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